Aparecida Ramos - Prosa e Verso
Palavras que a alma e o coração não calam.
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QUANDO ERREI


Lembro-me de uma vez, eu era ainda criança, certamente, nem tive tanta culpa devido a minha tenra idade, eu havia me "descuidado" e deixado que meu irmão pequeno caísse de meus braços. Diante disso, minha primeira reação além da tristeza e dó do meu irmãozinho (doente), foi me esconder, por medo de minha mãe. Eu não somente fiquei com medo, mas me escondi de verdade embaixo de um monte de roupas (lavadas) que estavam sobre a cama porque iam ser ainda dobradas e guardadas. Quão inocente eu era, como se nunca mais fosse sair dali.
Quando errei... depois que cresci, foram raras as vezes em que não percebi logo em seguida.

Errei por excesso de confiança em alguém. Não foi difícil perceber que a pessoa mais prejudicada foi eu.

Quando errei, também foi na tentativa de acertar. Errei por haver arriscado, por não temer a exposição de meu pensamento, por não ter medo do pré julgamento (alheio), por tentar, em minha ingenuidade, agradar  a muitos...

Quando errei, foi tentando ajudar, foi quando não sabia dizer "não". Também já errei e demorei bastante para entender, para enxergar que, de tão repetitivo quase poderia chamar de vício. Quando estamos "obsecados" em algumas situações, não vemos as coisas como deveríamos, ainda existindo alguém para tentar nos abrir os olhos.

Aprendi que essa luz, que às vezes aparece "opaca" ou apenas como uma penumbra, ela vem com o tempo, com a maturidade, não somente da idade, mas das experiências vividas em quaisquer áreas da vida.


Quando erro, não tenho dificuldade nenhuma em reconhecer minha incompetência, fragilidade ou incapacidade... Não tento ocultar minhas falhas, pôr dentro da gaveta tentando esquecê-las, mas me esforço para corrigi-las. Esconder ou negar uma "patologia", significa dificultar a cura da mesma. Penso que, com nossos erros deve ser a mesma coisa.
Embora, alguns são menos difíceis de reparar, do que outros. Corrigir-se é necessário, caso contrário, o que deveria ser apenas um erro pode acabar virando um vício.  Já ouvi/li que errar não é pecado, mas a repetição, o "vício" que deriva desse erro.

Quando vejo alguém apontando ou julgando outra pessoa  por haver errado, lembro logo de mim; entendo que não devo entrar no mérito, porque, se "no olho do outro há um cisco", talvez no meu haja uma trave, como diz na palavra da Bíblia.

Faço dos meus erros e dos erros dos outros, uma oportunidade para aprender e crescer...
Foi "tropeçando", caindo, levantando e prosseguindo, que descobri a força, a capacidade de superação que há dentro de mim.

Possuo a alma que não tem medo nem vergonha de "olhar-se" no espelho, reconhecer seus momentos de fracasso e tentar corrigir-se.
Errando também aprendi lições que valem para toda vida.

Acertei muitas vezes, mas... quando errei foi por esquecer que existe a razão... por conduzir, sem nenhuma proteção o coração nas mãos!
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Ísis Dumont

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Aparecida Ramos
Enviado por Aparecida Ramos em 10/09/2014
Alterado em 01/07/2017
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