"Cada vez mais crianças e adolescentes utilizam
aparelhos digitais como tablets e celulares.
No entanto, o uso excessivo de celulares por
crianças pode trazer consequências para o
desenvolvimento cognitivo e social
e para a saúde.O som de risadas e vozes toma o ambiente. Enquanto adultos conversam, as crianças olham a tela do celular. Algumas recebem comida na boca de mães zelosas sem sequer prestar atenção ao que ingerem, como
pequenos robôs."Fatos x Fotos, qual a relevância?
Quem me conhece sabe que curto, gosto muito de fotografias, mas saibam que estou ligada nessa parada rs. Diariamente faço um esforço quase "sobre-humano"rs para não me tornar inconveniente nos espaços, nos eventos onde vou, nem me permitir "escravizar" por essas tecnologias, deixando que venham interferir nas atividades que realizo fora ou em casa e, principalmente substituam pessoas em minha vida. Sabemos que não é fácil lutar contra isso, mas precisamos estar atentos, devemos nos policiar sim, somente dessa forma poderemos auxiliar na educação de nossos filhos e netos, quando se tratar do uso frequente do celular e outros aparelhos tecnológicos.
É fato que na era digital o celular nos acompanha não apenas onde estamos, aonde vamos, mas em todos os cômodos de nossas casas, algumas vezes até no banheiro. Até aí não deveria ser, mas na atual sociedade é até natural, digamos.
Por outro lado, fico sem entender como algumas pessoas utilizam esse meio de comunicação (que, diga-se de passagem muito nos ajuda facilitando inúmeras situações em nossa vida) também na Igreja, nos momentos celebrativos, e durante outros eventos, quando os mesmos exigem nossa total atenção e participação. Não sou melhor que ninguém, mas acho desrrespeitoso esse tipo de comportamento, e isso inclui também conversar com alguém, mexendo no celular ou em reuniões de trabalho, por exemplo, pessoas ficarem acessando, simplesmente mostrando que não estão interessadas nas discussões que, obviamente são de interesse comum.
Hoje, enquanto aguardava atendimento em uma Agência Bancária, fiquei observando um menininho, de apenas uns dois anos e meio, no máximo, ainda nem falava direito, brincando com o aparelho celular da mãe. O pequeno falava, tagarelava com o celular no ouvido, certamente imitando o que vê na própria família, inclusive, repetindo parte das conversas, dos recados dados pela mãe. Um idoso que estava ao lado, possivelmente o avô, ria, achando engraçado; a mãe ria e falava para as pessoas a sua volta sobre a esperteza do garoto, e ele, de vez em quando mencionava um palavrão que não me apraz citar aqui. Ela estava bastante tranquila, tendo em vista que seu filhinho ficou o tempo todo sentado, ou seja, não lhe deu o menor trabalho durante os 55m39s, enquanto durou a espera.
Atualmente, nós, adultos, muitas vezes não estamos tão interessados nos discursos, nem nas mensagens transmitidas sobre a relevância do que se discute ou do que está sendo apresentado em determinados lugares, mas damos mais importância às sessões de fotos. E aqui, volto a falar novamente de pessoas na Igreja, quando se prestam a tirar muitas fotografias, sem se darem conta de que o "ponto alto" nas Celebrações não são, nem serão jamais os nossos retratos, mas a essência do Cristo que se doou pela Humanidade, e que ali está representada nas formas de pão e vinho.
As sessões de fotos acabam por desviar a atenção e concentração de muitas pessoas. Respeito quem gosta de agir assim, porém, não acho isso uma coisa legal, interessante, ainda que não seja em eventos religiosos. O que deve ser mais importante, é a natureza dos eventos, o que ali se transmite, ou as enxurradas de fotos publicadas, tantas vezes em tempo real nas redes sociais? E pior: fotos tiradas, inclusive aleatoriamente, e publicadas sem editar, sem nenhum cuidado que essas mesmas tecnologias nos oferecem, acabam mostrando imagens ou panos de fundo que não são ou podem não ser nada atraentes para o público que vai visualizar e até compartilhar dezenas ou centenas de vezes. É importante ressaltar que não me refiro às fotografias para registrar o momento, guardar as lembranças, documentar, porque eu também adoro tirar! Mas aos excessos que algumas pessoas cometem.
Não será que estamos dando espaço demais para as tecnologias e restringindo nossos contatos, nossa presença e nossa fala com as pessoas?
Portanto, valorizemos e amemos bem mais às pessoas, inclusive aquelas que estão conosco, e saibamos usar bem as coisas, as tecnologias, tirando dessas o maior proveito, mas sem interferir, nem prejudicar os eventos e momentos onde estivermos participando!
Aparecida Ramos
www.isisdumont.prosaeverso.net